PÓS-OPERATÓRIO

Cirurgia de Crosslinking

Resumo

O crosslinking corneano é uma cirurgia oftalmológica indicada para pacientes com ceratocone em progressão. O objetivo é fortalecer a estrutura da córnea, estabilizando sua forma e evitando o avanço da doença.

Fatores de risco

Estágio avançado do ceratocone Córneas muito finas ou com cicatrizes podem não ser elegíveis para o procedimento, aumentando o risco de falha ou complicações;
Espessura corneana insuficiente Córneas com menos de 400 micrômetros podem sofrer danos ao endotélio durante a exposição à luz UVA;
Doenças autoimunes ou inflamatórias oculares Podem comprometer a cicatrização e aumentar o risco de complicações pós-operatórias;
Uso inadequado de lentes de contato antes da cirurgia Pode alterar a curvatura da córnea e interferir nos resultados do tratamento;
Coceira ou esfregamento excessivo dos olhos Esse hábito pode agravar o ceratocone e comprometer os resultados do crosslinking;
Idade muito jovem Em pacientes adolescentes, a progressão do ceratocone pode ser mais agressiva, exigindo acompanhamento mais rigoroso após o procedimento.

Sintomas comuns após o Crosslinking

Desconforto ocular nos primeiros dias Sensação de areia nos olhos, ardência ou leve dor são esperadas durante a cicatrização;
Visão embaçada temporária A recuperação visual ocorre gradualmente, podendo levar algumas semanas;
Sensibilidade à luz (fotofobia) É comum após o procedimento, sendo recomendado o uso de óculos escuros;
Lacrimejamento e vermelhidão Reações naturais do olho à manipulação cirúrgica e à cicatrização do epitélio;
Sensação de corpo estranho Provocada pela lente terapêutica colocada após o procedimento.

Resumo técnico

Cirrus HD-OCT Tomografia de coerência óptica de alta definição. Avalia a espessura corneana e estruturas oculares com precisão milimétrica;
EM-3000 Paquímetro óptico que mede a espessura corneana central e periférica, confirmando se o paciente possui os requisitos mínimos para o tratamento;
EM-3000 Paquímetro óptico que mede a espessura corneana central e periférica, confirmando se o paciente possui os requisitos mínimos para o tratamento;
KR-8900 Auto refrator e queratômetro. Analisa a refração ocular e a curvatura da córnea, útil para diagnóstico e acompanhamento da evolução do ceratocone;
KR-8900 Auto refrator e queratômetro. Analisa a refração ocular e a curvatura da córnea, útil para diagnóstico e acompanhamento da evolução do ceratocone;
Schwind Sirius Equipamento que combina topografia e tomografia corneana. Gera mapas completos da curvatura, espessura e elevação da córnea, fundamentais para o planejamento cirúrgico;
AT 550 Tonômetro de ar. Mede a pressão intraocular sem contato, importante na avaliação pré-operatória.

Tratamentos

CXL Plus (Crosslinking + Correção Refrativa Personalizada) Combina o crosslinking com aplicação de laser para suavizar a curvatura da córnea e melhorar a qualidade visual. Indicado em casos selecionados com boa espessura corneana;
Implante de Anéis Intraestromais (Anéis de Ferrara) Segmentos semicirculares inseridos na córnea para regularizar sua curvatura. Podem ser implantados antes ou depois do crosslinking, dependendo da estratégia clínica;
Lentes de Contato Esclerais ou RGP Após o crosslinking, muitos pacientes ainda precisam de correção visual. Lentes rígidas ou esclerais oferecem excelente qualidade de visão sobre córneas irregulares;
Óculos ou Lentes Gelatinosas Em estágios iniciais, podem ser suficientes. Após o crosslinking, a estabilidade da córnea pode permitir melhor adaptação a essas lentes;
Transplante de Córnea (em casos avançados) Quando há cicatrizes ou falência dos tratamentos anteriores, o transplante pode ser necessário. O crosslinking ajuda a evitar essa evolução;
Tratamento de Alergias Oculares Controlar alergias e evitar coçar os olhos é essencial para preservar os resultados do crosslinking e evitar nova progressão da doença.

Complicações se não fizer o tratamento

Progressão da deformidade corneana A córnea continua a se afinar e se curvar em formato de cone, tornando a visão cada vez mais distorcida e difícil de corrigir com óculos ou lentes;
Perda significativa da acuidade visual A visão pode se deteriorar a ponto de comprometer tarefas simples como ler, dirigir ou reconhecer rostos;
Intolerância a lentes de contato A irregularidade da córnea pode impedir o uso confortável de lentes, limitando as opções de correção visual;
Cicatrizes corneanas O afinamento extremo pode levar à formação de cicatrizes, que agravam ainda mais a perda visual e dificultam tratamentos futuros;
Necessidade de transplante de córnea Em estágios avançados, quando há opacidade ou falência das outras abordagens, o transplante pode ser a única solução — com riscos maiores e recuperação mais longa;
Impacto psicológico e social A perda visual progressiva pode gerar ansiedade, depressão e dificuldades na vida profissional e pessoal;
Dificuldade na adaptação a lentes especiais Mesmo lentes esclerais ou rígidas podem se tornar inviáveis em córneas muito irregulares ou cicatrizadas;
Risco de cegueira funcional Embora rara, a perda visual severa pode limitar completamente a autonomia do paciente.

Recomendações pós-operatória

Usar a medicação corretamente lavando bem as mãos antes de manipular os olhos e os colírios;
Fazer compressas de água gelada com gases de 3 em 3 horas com as pálpebras fechadas do olho operado durante os 4 primeiros dias;
Não há a necessidade de acordar a noite para pingar os colírios. Verificar o período correto do uso de cada medicação;
Usar lenço de papel descartável para enxugar as lágrimas;
Alimentação de rotina (sem restrições);
Pode assistir televisão normalmente;
Não dormir do lado operado durante 3 dias;
Não levantar peso acima de 5 Kilos durante 7 dias;
Evitar bebidas alcoólicas;
A estabilidade emocional é de extrema valia para pronta recuperação;
Não abaixar a cabeça abaixo da altura do peito por 2 dias. Pode olhar normalmente para baixo;
Usar óculos escuros polarizado no sol sem grau (Opcional);
Realizar compressa de água gelada durante 2 minutos de 3 em 3 horas por 7 dias;
Não coçar os olhos durante 2 meses;
Pode caminhar normalmente;
Evitar ambientes contaminados (ex. Poeira, mofo, animais domésticos e plantas);
A higiene corporal é fundamental para evitar contaminações;
Evite lagos, piscina, mares e sauna por período de 45 dias;
Ginástica como musculação, hidroginástica, natação, aeróbica, esportes com bola após 45 dias;
Retornar no dia seguinte da cirurgia no consultório para avaliação pós-operatória;
Qualquer problema com o olho operado procure-nos imediatamente;
É recomendável uso de colírio lubrificante especificado pelo médico no pós-operatório em um período mínimo de 6 meses;
Muitas vezes o grau dos óculos muda no pós-operatório, recomendando uma nova avaliação oftalmológica após 4 meses para receitar novos óculos.

O paciente tem direito de um atestado médico de 7 dias por olho operado de catarata.

Qualquer problema com o olho operado procure-nos imediatamente!

Precisa de ajuda?
Entre e contato Conosco

Perguntas frequentes

Para ajudar você a esclarecer suas dúvidas, reuni algumas das perguntas mais frequentes que recebemos. Se você não encontrar a resposta que procura, não hesite em entrar em contato conosco.

Responsável Técnico​

Médico oftalmologista
Dr. Marco Antonio T. V. B. Zambrin
CRM-GO 7403

É um procedimento oftalmológico que fortalece a córnea por meio da aplicação de riboflavina (vitamina B2) e luz ultravioleta tipo A (UVA), criando novas ligações entre as fibras de colágeno. O objetivo é estabilizar o ceratocone e evitar sua progressão.

Pacientes com ceratocone em progressão e córnea com espessura mínima de 400 micra. Também pode ser indicado em casos de ectasia corneana pós-cirurgia refrativa.

Durante o procedimento, não há dor, pois são usados colírios anestésicos. Após a cirurgia, é comum sentir desconforto leve, como ardência ou sensação de corpo estranho, que melhora com o uso de colírios e analgésicos.

Cerca de 1 hora. É realizada em ambiente ambulatorial, sem necessidade de internação.

Nos primeiros dias, o paciente usa uma lente de contato terapêutica. A recuperação visual é gradual, e o uso de colírios antibióticos e anti-inflamatórios é necessário por algumas semanas.

Antes de entrar em contato nos informe seus dados abaixo: