PÓS-OPERATÓRIO

Cirurgia de Anel Intraestromal

Resumo

A cirurgia de anel intraestromal — também conhecida como anel de Ferrara — é um procedimento oftalmológico usado principalmente para tratar o ceratocone, uma condição que causa deformações na córnea.

Fatores de risco

Infecção ocular: embora rara, pode ocorrer se não houver cuidados adequados no pós-operatório;
Inflamação: reação inflamatória local pode surgir, exigindo tratamento com colírios específicos;
Não obtenção do resultado desejado: em alguns casos, a melhora visual pode ser limitada, exigindo outros procedimentos corretivos;
Alterações na espessura ou profundidade da córnea: se o anel for implantado em uma profundidade inadequada, pode comprometer o efeito desejado.

Sintomas mais comuns

Halos e glare: percepção de círculos luminosos ao redor de luzes, especialmente à noite;
Fotofobia: sensibilidade à luz intensa, como faróis ou luzes artificiais;
Visão embaçada ou distorcida: pode ocorrer nos primeiros dias enquanto a córnea se ajusta ao implante;
Sensação de corpo estranho: leve desconforto ou sensação de algo no olho, geralmente temporário.
Dificuldade para dirigir à noite: devido à sensibilidade à luz e distorções visuais

Resumo técnico

O procedimento consiste na inserção de segmentos semicirculares de PMMA (material biocompatível) dentro da camada média da córnea, chamada estroma;
Esses segmentos atuam como “suportes internos” que reorganizam a curvatura da córnea, tornando-a mais regular e melhorando a qualidade visual;
É indicado para pacientes que não se adaptam a lentes de contato ou que apresentam baixa visão mesmo com óculos;
A cirurgia é feita com anestesia tópica (colírio) e geralmente não requer internação;
O uso do laser de femtosegundo permite maior precisão na criação do túnel corneano onde o anel será inserido;
A recuperação costuma ser rápida, com melhora visual perceptível nos primeiros dias, embora o acompanhamento médico seja essencial nos meses seguintes.

Exames e tecnologias usadas por nós

Topografia corneana (ex: E300, Schwind Sirius): mapeia a curvatura da córnea e identifica áreas de irregularidade;
Tomografia de coerência óptica (OCT) (ex: Cirrus HD-OCT): avalia a espessura e estrutura da córnea em alta resolução;
Paquimetria: mede a espessura corneana, essencial para definir a profundidade do implante;
Microscopia especular (ex: EM-3000): analisa as células da camada interna da córnea (endotélio);
Refração e ceratometria (ex: KR-8900): determina o grau de miopia, astigmatismo e curvatura corneana;
Avaliação da pressão intraocular (ex: AT 550): importante para descartar glaucoma ou alterações que contraindiquem a cirurgia;
Exame de fundo de olho (ex: CF-1): verifica a retina e outras estruturas internas do olho;
Avaliação clínica completa: inclui histórico médico, uso de lentes de contato e sintomas visuais.

Tratamentos

Óculos Utilizados em estágios iniciais da doença, quando a irregularidade da córnea ainda é leve. Corrigem miopia e astigmatismo simples;
Lentes de contato especiais Indicadas para casos moderados. As lentes rígidas gás-permeáveis ou esclerais ajudam a compensar a irregularidade da córnea e melhorar a visão;
Implante de anel intraestromal Procedimento cirúrgico que insere segmentos semicirculares de PMMA no estroma da córnea para regularizar sua curvatura. Indicado para pacientes com ceratocone moderado a avançado que não se adaptam às lentes;
Crosslinking corneano Técnica que utiliza riboflavina (vitamina B2) e luz ultravioleta para fortalecer as fibras colágenas da córnea, estabilizando a progressão do ceratocone. Pode ser combinado com o implante de anel;
Transplante de córnea Indicado em casos graves, quando há opacidade corneana ou falência dos tratamentos anteriores. Pode ser lamelar (parcial) ou penetrante (total);
Cirurgias combinadas Estratégia personalizada que associa técnicas como anel intraestromal + crosslinking ou anel + lente intraocular, visando melhor resultado visual.

Complicações se não fizer o tratamento

Progressão da deformidade corneana A córnea continua a se afinar e se curvar em formato de cone, tornando a visão cada vez mais distorcida e difícil de corrigir com óculos ou lentes;
Perda significativa da acuidade visual A visão pode se tornar tão comprometida que atividades simples como ler, dirigir ou reconhecer rostos ficam prejudicadas;
Intolerância a lentes de contato Com o avanço da doença, a irregularidade da córnea pode impedir o uso confortável de lentes, limitando as opções de correção visual;
Cicatrizes corneanas O afinamento extremo pode levar à formação de cicatrizes, que agravam ainda mais a perda visual e dificultam tratamentos futuros;
Necessidade de transplante de córnea Em estágios avançados, quando há opacidade ou falência das outras abordagens, o transplante pode ser a única solução — e envolve riscos maiores e recuperação mais longa;
Impacto psicológico e social A perda visual progressiva pode gerar ansiedade, depressão e dificuldades na vida profissional e pessoal.

Recomendações pós-operatória

Usar a medicação corretamente lavando bem as mãos antes de manipular os olhos e os colírios;
Não há a necessidade de acordar a noite para pingar os colírios. Verificar o período correto do uso de cada medicação;
Usar lenço de papel descartável para enxugar as lágrimas;
Alimentação de rotina (sem restrições);
Pode assistir Televisão normalmente;
Usar tampão de acrílico para dormir durante 1 mês;
Não dormir do lado operado durante 3 dias;
Evitar bebidas alcoólicas;
A estabilidade emocional é de extrema valia para pronta recuperação;
Usar óculos escuros polarizado no sol sem grau (Opcional);
Não coçar os olhos durante 3 meses;
Pode caminhar normalmente;
Evitar ambientes contaminados (ex. Poeira, mofo, animais domésticos e plantas);
A higiene corporal é fundamental para evitar contaminações;
Evite lagos, piscina, mares e sauna por período de 45 dias;
Ginástica como musculação, hidroginástica, aeróbica, esportes com bola após 15 dias;
Retornar no dia seguinte da cirurgia no consultório para avaliação pós-operatória

Qualquer problema com o olho operado procure-nos imediatamente!

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Perguntas frequentes

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Responsável Técnico​

Médico oftalmologista
Dr. Marco Antonio T. V. B. Zambrin
CRM-GO 7403

É um pequeno implante semicircular feito de PMMA (um tipo de acrílico rígido e biocompatível), inserido na camada média da córnea (estroma) para corrigir deformidades causadas por ceratocone ou outras ectasias corneanas

A cirurgia é indicada principalmente para:

  • Pacientes com ceratocone em estágio leve a moderado

  • Casos de astigmatismo irregular

  • Ectasia pós-cirurgia refrativa (como LASIK)

  • Degenerações corneanas como ceratoglobo ou marginal pelúcida

O procedimento é minimamente invasivo:

  • Feito com anestesia local (colírios) e, se necessário, leve sedação

  • Um túnel é criado na córnea manualmente ou com laser de Femtosegundo

  • O anel é inserido nesse túnel, sem necessidade de pontos

  • Redução da curvatura irregular da córnea

  • Melhora da acuidade visual

  • Diminuição do astigmatismo

  • Procedimento reversível em caso de insucesso

  • A maioria dos pacientes retorna à rotina em 2 a 3 dias

  • A estabilização da visão pode levar até 3 meses

  • Durante esse período, é comum ter visão flutuante

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