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O Crosslinking foi projetado com tecnologia de última geração para proporcionar segurança e eficácia no tratamento. O sistema óptico do Opto XLink foi desenvolvido para fornecer alta dose de energia de forma colimada e homogênea sobre a córnea a ser tratada. Além disso, o Opto XLink possui internamente um sistema microprocessado (microcomputador), que através de um sofisticado software, controla todas as funções do equipamento. Este mesmo sistema, através de sensores, monitora constantemente a quantidade de energia emitida.
O Crosslinking do Colágeno Corneano é indicado para evitar a progressão do ceratocone. Tem como finalidade aumentar o número de ligações covalentes entre as fibras de colágeno para fortalecer a córnea e estabilizar a doença.
Os pacientes devem ter pelo menos 14 anos de idade e espessura corneana mínima de 400 µm no ponto mais fino. É contra-indicado para casos com cicatrizes na área central da córnea. Essa técnica, realizada na Europa desde 2000, tem apresentado excelentes resultados e risco mínimo de complicações.
Fonte: Raiskup-Wolf F, Hoyer A, Spoerl E, Pillunat LE. Collagen crosslinking with riboflavin and ultraviolet-A light in keratoconus: long-term results. J Cataract Refract Surg. 2008.
É indicado para pacientes acima de de 14 anos.
● Ceratocone em evolução de grau I a III
● Degeneração marginal pelúcida em evolução
● Ectasias iatrogênicas pós-cirurgia refrativa
● Espessura corneana < 400 um
● Presença de cicatrizes corneanas densas
O tratamento inicia-se pela anestesia, que é realizada com 3 gotas de colírio (anestesia tópica), seguido de remoção do epitélio da córnea (células da superfície corneana que regeneram posteriormente) com espátula, nos 9-mm centrais. O epitélio deve ser removido para que ocorra a penetração da Riboflavina (Vitamina B2) na córnea. Esta é aplicada através de gotas, por 30 minutos. Procede-se com a aplicação da luz UV-A por 30 minutos (Figura 11). O procedimento dura cerca de 1 hora e termina com a colocação de uma lente de contato terapêutica que servirá como um “curativo” enquanto o epitélio cicatriza, o que leva em torno de 7 dias. Após 7 dias a lente de contato deve ser removida. O paciente utiliza colírios antibióticos por 7 dias e antiinflamatórios por 1 mês. Os pacientes que usavam lentes de contato rígidas podem reiniciar seu uso após 2 meses.
Até a retirada da lente de contato pode haver desconforto ocular associado a sensação de corpo estranho, ardência, lacrimejamento e dor leve a moderada. Após esse período os sintomas diminuem muito. A recuperação visual é gradual, em geral, voltando ao normal após 30 dias. Após o primeiro mês há certa estabilização da visão, podendo ocorrer sua melhora gradativa a partir de então. Alguns pacientes, entretanto, podem levar até 3 a 6 meses para melhora completa.
É importante salientar que a maioria dos pacientes requer alguma forma de correção visual (óculos ou lentes de contato) após a cirurgia, com objetivo de obter melhor visão.
O tratamento é realizado somente uma vez (sessão única) e sabe-se que seu efeito dura pelo menos de 5 a 7 anos. Não existem estudos que demonstram a necessidade de novas aplicações no futuro, porém essa hipótese deve ser considerada em pacientes mais jovens.
Os riscos desta cirurgia são mínimos.
Entre as complicações que eventualmente podem ocorrer temos:
● Infecção;
● Perda da transparência ou inchaço da córnea;
● Visão dupla ou embaçada;
● Leve ptose (queda) palpebral (temporário);
● Edema (inchaço) ao redor do olho (temporário);
● Irritação ocular (ressecamento ocular com coceira, ardência, sensação de areia e lacrimejamento) (temporário);
● Reflexos luminosos (ofuscamento visual).
Ainda não existem casos descritos de complicações relacionadas à radiação UV-A, como Catarata ou doenças da retina.
A maioria das complicações acima descritas são tratadas e solucionadas, ou ainda podem melhorar espontaneamente.